- Área: 456 m²
- Ano: 2016
-
Fotografias:Mário Fontanive, Fábio Del Re
-
Fabricantes: Brilia, Deca, Hitachi Air Conditioning, Jatobá, thyssenkrupp
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa dos Rosa é um dos últimos resquícios da vila que se formou em torno da estação de trem Canoas nas últimas décadas do século XIX. Hoje, o que foi um aprazível e bucólico lugar de veraneio, é o centro da segunda maior cidade da região metropolitana de Porto Alegre.
A casa só foi salva da demolição pela agilidade política de um prefeito que soube fazer com que fosse incorporada aos bens da União e cedida ao município para uso cultural. A restauração deste conjunto de 1874, pela sua localização, traz uma nova perspectiva para a Canoas: museus, teatro, parque e universidade passaram a formar um polo de educação e cultura, gerador de novo patrimônio material e imaterial.
A casa manteve seu aspecto tradicional, a não ser pelo fato do paisagismo e da remoção do antigo acesso e do envidraçamento da varanda indicarem novos usos de caráter público. A medida que vamos adentrando no terreno, vamos percebendo novidades arquitetônicas contemporâneas em continuidade à casa na sua parte de trás.
Ali temos a grande marquise, que unirá o museu ao futuro teatro, a nova escada e o elevador de acesso ao segundo pavimento, deixando bem claro: a casa foi ampliada e se transformou em equipamento de uso público e cultural. Neste anexo, para evitar maiores intervenções no prédio original, também foi implantado o café e a recepção.
A preservação do antigo junto ao novo é um dos temas mais apaixonantes da arquitetura contemporânea. Ela deve ser lição de convivência e harmonia entre saberes e fazeres de tempos diversos, unindo sem ferir, sem enganar, sem mistificar; distensionando o conflito modernista entre passado e futuro.